Três valetes de copas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os nomes das coisas são os nomes das coisas. E ponto.
E são os nomes das coisas que nos impedem de avançar. De ver a árvore. De ver a coisa e não a coisa nomeada. Enfim.

Tantos desencantamentos. Talvez por isto mesmo. Ou talvez não. Será?
Medo do que fica para além do quotidiano. O imensurável.

Posto isto noto-me cada vez mais a não saber conjugar os verbos certos. Ficar ou ir. Viver ou aceitar.

Há riscos que já não sei correr.
Posso.
Quero.
Consigo.
Permito-me.
Aceito.

Dá-me chuva. Assim como assim ela escorre-me por dentro. Cola-se-me aos cabelos e à alma. E não há meio de querer partir.

Sopro-te lugares comuns. Não te sei dizer mais do que isso. Não consigo. Quero?
Sopro-te palavras. Procuro-lhe o real significado. Real? Mas o quê? Qual?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

I took a deep breath
and listened to the old bray of my heart.
I am.
I am.I am.


Sylvia Plath

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um dia vou descobrir exactamente aquilo que procuro aqui, aquilo que espero encontrar, aquilo que quero dar.

Um dia vou descobrir-me.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010



A vontade tremenda de ir-me embora. E a tremenda vontade de ficar.

Vinicius de Moraes