Os nomes das coisas são os nomes das coisas. E ponto.
E são os nomes das coisas que nos impedem de avançar. De ver a árvore. De ver a coisa e não a coisa nomeada. Enfim.
Tantos desencantamentos. Talvez por isto mesmo. Ou talvez não. Será?
Medo do que fica para além do quotidiano. O imensurável.
Posto isto noto-me cada vez mais a não saber conjugar os verbos certos. Ficar ou ir. Viver ou aceitar.
Há riscos que já não sei correr.
Posso.
Quero.
Consigo.
Permito-me.
Aceito.
Dá-me chuva. Assim como assim ela escorre-me por dentro. Cola-se-me aos cabelos e à alma. E não há meio de querer partir.
Sopro-te lugares comuns. Não te sei dizer mais do que isso. Não consigo. Quero?
Sopro-te palavras. Procuro-lhe o real significado. Real? Mas o quê? Qual?