Três valetes de copas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os nomes das coisas são os nomes das coisas. E ponto.
E são os nomes das coisas que nos impedem de avançar. De ver a árvore. De ver a coisa e não a coisa nomeada. Enfim.

Tantos desencantamentos. Talvez por isto mesmo. Ou talvez não. Será?
Medo do que fica para além do quotidiano. O imensurável.

Posto isto noto-me cada vez mais a não saber conjugar os verbos certos. Ficar ou ir. Viver ou aceitar.

Há riscos que já não sei correr.
Posso.
Quero.
Consigo.
Permito-me.
Aceito.

Dá-me chuva. Assim como assim ela escorre-me por dentro. Cola-se-me aos cabelos e à alma. E não há meio de querer partir.

Sopro-te lugares comuns. Não te sei dizer mais do que isso. Não consigo. Quero?
Sopro-te palavras. Procuro-lhe o real significado. Real? Mas o quê? Qual?

2 comentários:

_vera_ disse...

"Há riscos que já não sei correr."

Anónimo disse...

Há riscos que ainda não corri
Há riscos que ainda quero viver
Há riscos, pelos quais estou pronta a correr

Mlle_Carla