Três valetes de copas

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

desfaz-se com dúvidas e medos e começa a despedir-se antes da hora da partida. não consegue ignorar os monstros que a visitam, fantasmas feitos obstáculos, alimentados pelo terror da decisão. quer fechar os olhos logo ao amanhecer e esquecer que virou na esquina errada. não esperar nada. não esperar por nada. de ninguém. e o peso dos outros, porquê tanto? sabe o que vai encontrar nos lábios e nos olhos daqueles com quem se irá cruzar. é urgente ganhar o fôlego que não tem.

Sente-se triste. É triste. Não sabe o que é. Aconteça o que acontecer.
Afinal tudo se resume a isto.

1 comentário:

Margarida disse...

E quando assim é, perante a inevitabilidade que aponta um caminho que se desconhece, respira-se fundo (tantas vezes quantas forem necessárias) e segue-se. É para ali o Futuro.