Porra que estas datas têm um efeito estranho em mim.
Gosto de pensar que sou superior a elas, que não ligo puto, que é mais um dia, que é mais uma noite.
A minha parte cool, pseudo intelectual de esquerda, diz-me quem nem à noite devia sair, de pijama é que é bom, olaré.
Mas eu sou uma naif inveterada, alguém que ainda acredita em recomeços, alguém que adora a ideia de mudança.
Mesmo que seja uma ilusão, que é, que é.
Acreditar que o que vem aí pode ser melhor do que o que já passou pode ser bem melhor do que prozac.
Um excelente 2011.
Três valetes de copas
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Eu não sou daquelas pessoas que adora o Natal. Pronto, já disse. Aliás, eu sou daquelas pessoas que adora a ideia de, saborear a expectativa de, mais do que o acontecimento em si.
Mas foi bom, claro que sim. Este ano até acertámos nas prendas. Yeahhhhh.
Agora já estou na minha casinha, a ter uma overdose de Parenthood.
Mas foi bom, claro que sim. Este ano até acertámos nas prendas. Yeahhhhh.
Agora já estou na minha casinha, a ter uma overdose de Parenthood.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Atravesso muros e medos. Tenho mil braços tentaculares. Só que ninguém entende a ironia.
Envelheço em esforços gigantescos e encho o peito de ar e fecho-me ao desejo.
Não sei pedir mas preciso. Como ninguém, com ninguém. De me encontrar, de te encontrar, de me olhar.
E vou procurando-me nos olhos dos outros, em vez de procurar cá dentro. Procuro-me onde nunca me deveria procurar.
Tenho medo, tanto medo. De estar gasta por dentro. De já não saber quem sou.
Tenho medo, tanto medo. De me dar de mais, de me dar de menos, de não me dar de todo. Apenas isso. De não me dar.
Envelheço em esforços gigantescos e encho o peito de ar e fecho-me ao desejo.
Não sei pedir mas preciso. Como ninguém, com ninguém. De me encontrar, de te encontrar, de me olhar.
E vou procurando-me nos olhos dos outros, em vez de procurar cá dentro. Procuro-me onde nunca me deveria procurar.
Tenho medo, tanto medo. De estar gasta por dentro. De já não saber quem sou.
Tenho medo, tanto medo. De me dar de mais, de me dar de menos, de não me dar de todo. Apenas isso. De não me dar.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Imaginemos.
Vais a casa de uma pessoa, digamos, de alguém a quem queres bem. Vais, porque gostas daquela pessoa, gostas de estar com ela, de te rir com ela, de ouvir e de falar, simplesmente de estar.
Mas essa pessoa nunca vai à tua casa, nunca sentes que quer lá ir, de querer lá ficar.
E tu vais perdendo a vontade, vais desligando, tens medo de estares a mais, de não seres correspondida, de não seres desejada, querida...
E depois já não é só isso, é mais despeito, uma raiva surda que tolda tudo por dentro.
E depois já nem isso é.
É só indiferença.
Imaginemos.
E não percebes porque é que tudo é tão difícil.
Vais a casa de uma pessoa, digamos, de alguém a quem queres bem. Vais, porque gostas daquela pessoa, gostas de estar com ela, de te rir com ela, de ouvir e de falar, simplesmente de estar.
Mas essa pessoa nunca vai à tua casa, nunca sentes que quer lá ir, de querer lá ficar.
E tu vais perdendo a vontade, vais desligando, tens medo de estares a mais, de não seres correspondida, de não seres desejada, querida...
E depois já não é só isso, é mais despeito, uma raiva surda que tolda tudo por dentro.
E depois já nem isso é.
É só indiferença.
Imaginemos.
E não percebes porque é que tudo é tão difícil.
Hoje vi uma pessoa que foi importante para mim, que penso que eu também fui importante para ela. Para não suscitar qualquer dúvida posso dizer que não tem nada a ver com sexo ou atracções de género.
Ela fez que não me viu e eu fiz que não a vi.
As pessoas são estranhas e eu não tenho pachorra. Eu sou estranha e não tenho pachorra.
Nem para elas nem para mim.
Ela fez que não me viu e eu fiz que não a vi.
As pessoas são estranhas e eu não tenho pachorra. Eu sou estranha e não tenho pachorra.
Nem para elas nem para mim.
sábado, 11 de dezembro de 2010
No fim de contas são poucas as palavras
que nos doem de verdade, e muito poucas
as que conseguem alegrar a alma.
E são também muito poucas as pessoas
que nos fazem bater o coração, e menos
ainda com o correr do tempo.
No fim de contas, são pouquíssimas as coisas
que na verdade importam nesta vida:
poder amar alguém e ser amado,
não morrer depois dos nossos filhos.
Amalia Bautista
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
O tempo foge. Inglourious bastard.
Foge e foge-nos e escorre-nos por entre os dedos.
E nem esperes que olhe para trás.
Desta vez só mesmo uma felicidade inventada.
Isto é só um poema. Mas sou eu? Arrasto-me pela incoerência. E não confesso.
Sacana do tempo. Cada vez maior a distância.
E não se deixa apanhar.
Sabias que já há muito que não acordava a chorar?
É de mulher?
É de gente.
Foge e foge-nos e escorre-nos por entre os dedos.
E nem esperes que olhe para trás.
Desta vez só mesmo uma felicidade inventada.
Isto é só um poema. Mas sou eu? Arrasto-me pela incoerência. E não confesso.
Sacana do tempo. Cada vez maior a distância.
E não se deixa apanhar.
Sabias que já há muito que não acordava a chorar?
É de mulher?
É de gente.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Faço filmes. Centenas deles. Milhares.
Ao princípio negava-o. Impossível de outra maneira. Muito mais fácil assim.
Depois comecei a aceitá-lo, a medo. Porque desta maneira era vista como histérica. Como mulher. E ao aceitá-lo sentia-me completamente nua de argumentos.
Agora digo-o com a certeza de que é simplesmente o mais natural.
Faço filmes. Centenas deles. Milhares.
Infelizmente não me pagam para isso.
Mas sou uma excelente argumentista.
Ao princípio negava-o. Impossível de outra maneira. Muito mais fácil assim.
Depois comecei a aceitá-lo, a medo. Porque desta maneira era vista como histérica. Como mulher. E ao aceitá-lo sentia-me completamente nua de argumentos.
Agora digo-o com a certeza de que é simplesmente o mais natural.
Faço filmes. Centenas deles. Milhares.
Infelizmente não me pagam para isso.
Mas sou uma excelente argumentista.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Isto de se viver tem muito que se lhe diga.
Estamos cheios de tralhas,
fragmentos de tudo e de coisa nenhuma.
De nada, melhor dizendo. De nada.
Nicho em que habitamos bocados de muitos ontens.
Podemos chamar-lhe então claustrofóbico lugar-comum.
Forma airosa de dizer pouco.
Ou nada, melhor dizendo. Ou nada.
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